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Nome do prefeito de Santiago é usado em golpe virtual

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O nome do prefeito de Santiago, Tiago Gorski, foi utilizado para aplicação de um golpe na cidade nas últimas semanas. Indivíduos usavam dados públicos do perfil do prefeito no Facebook para entrar em contato com a lista de amigos dele. Eles ligavam para essa lista, com um telefone de prefixo 11, e convidavam a pessoa contatada para uma festa privada supostamente organizada por Gorski no período pós-pandemia. Para participar, as vítimas precisavam fornecer seu número de WhatsApp e clicar no link enviado pelos indivíduos no aplicativo de mensagens. O link era malicioso e permitia o roubo de informações pessoais do celular das vítimas. Conforme a assessoria da prefeitura, os contatos criminosos aconteciam há pelo menos três semanas.

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Na última segunda-feira, depois de receber relatos de diferentes cidadãos que teriam sido contatados pelo mesmo número de telefone, a procuradoria jurídica do município acionou a Polícia Civil e um boletim de ocorrência foi registrado. A assessoria não soube informar quantas pessoas foram vítimas da tentativa de golpe, mas disse que muitas desconfiaram e avisaram a prefeitura, já que o código de área do celular usado no crime e o sotaque dos contatantes era diferente. 

Sobre o convite para a festa, a procuradora do município, Letícia Sagrillo, disse que se trata de um artifício utilizado para "induzir as pessoas a cederem dados e e-mails, sendo solicitada a confirmação no evento através de um WhatsApp". 

CRIME CRESCEU COM A PANDEMIA
O delegado regional de Santiago, Guilherme Antunes, confirma que crimes envolvendo o nome e a imagem de figuras públicas cresceram nos últimos meses. Tipificado como estelionato, o modo de operação dos criminosos costuma ser parecido: passando-se por uma pessoa pública, os indivíduos entram em contato com pessoas do círculo de amizade daquela figura e tentam obter alguma vantagem pessoal. Geralmente, a conversa evolui para a tentativa de obtenção de dinheiro, por meio, por exemplo, do depósito em contas bancárias ligadas aos criminosos.

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Antunes também explica como se proteger para não cair neste tipo de golpe. A primeira é dica é desconfiar de qualquer contato em nome de uma pessoa pública. Em seguida, sem passar nenhuma informação pessoal, o cidadão deve tentar verificar a autenticidade da ligação e da história apresentada na chamada. No caso do prefeito de Santiago, uma alternativa seria ligar para a prefeitura para checar a existência da festa anunciada. Caso constate que o contato não foi realmente feito pela pessoa pública, a vítima deve comunicar o fato à polícia, por meio do registro de ocorrência. 

Ainda conforme o delegado, as pessoas precisam estar atentas já que, além do perfil de políticos, os estelionatários também se valem da imagens de autoridades policiais. Ele confirma que seu próprio nome e o de colegas da corporação já foram usados para aplicação de golpes semelhantes.

*Colaborou Chaiane Appelt

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